UMA DAS MARAVILHAS DO MUNDO

Eis que depois de adiar por três ou quatro anos, resolvi conhecer o Peru. Não sei explicar direito as razões para tal adiamento, talvez hoje compreendo que não estaria maduro o suficiente para o entendimento e as surpresas que tal país me traria, algumas que me proporcionaram grandes mudanças pessoais.

Parti de Lima para Cuzco numa quarta feira fria em pleno mês de Setembro, procurei seguir todas as orientações da agência de viagens, desde o trâmite no aeroporto ao desembarque, pois dentro de um período de uma hora e meia, estaria a 4.000 metros de altitude. Lembro bem dessa recomendação: siga tranqüilo, sem pressa, ande devagar de maneira calma.

Pela ansiedade em conhecer um lugar novo, geralmente agimos de maneira contrária, saímos apressados a fim de aproveitar ao máximo o passeio. Mas, resisti e obedeci (e recomendo).

Já havia alguém para me conduzir ao hotel e a primeira experiência quando se chega é tomar chá de Coca, benéfico para enfrentar os efeitos da altitude e sempre disponível no hotel. Segui para o almoço e mais uma recomendação: coma pouco e comida leve. Realmente é preciso obedecer.

Parti para o City tour. A cada ponto visitado uma aula de História, eu ficava impressionado com a riqueza e a organização, com a arquitetura das construções para a época... lembro que a Catedral foi um ponto que me impressionou bastante pela sua grandeza.

No jantar assisti a um show de danças peruanas e comi muito bem, aliás, a culinária é um ponto forte daquele país. No dia seguinte, muito cedo, uma Van da agência me conduziu até a estação de trem de onde eu partiria para Machu Picchu, mais ou menos uma hora e meia de viagem e mais recomendações: protetor solar, repelente, água e roupas leves.

De cara estranhei o fato de o trem ser envidraçado e confesso que aquilo chegou a me incomodar um pouco no início, mas depois entendi a razão. A paisagem é deslumbrante. Por meio dos Andes gelados, lagos, etc. Ao chegar à estação de desembarque, mais um guia para conduzir até um micro ônibus que sobe até a cidade de Machu Picchu. Há os que prefiram ir caminhando, o que não foi o meu caso.

Mais uma vez a paisagem é a protagonista. Não há mais assunto que desprenda sua atenção. Apresentei o ticket de entrada, caminham-se uns dez minutos e finalmente a grande visão de Machu Picchu. Explicar o que se senti é muito difícil, mas posso garantir que é algo grandioso, uma mistura de paz com agradecimento... O guia então começa as suas explicações e deixa claro as várias versões para o desaparecimento dos Incas e, portanto da população do lugar.

Mais uma vez chama a atenção como em uma época tão remota, foi possível erguer uma cidade num lugar de difícil acesso, com pedras gigantescas... Machu Picchu é muito grande, existe a área urbana e a rural como todas as cidades modernas. A visita dura por volta de três horas e não andamos por todos os lugares.

Mas saí de lá com uma visão no mínimo mais humana e reflexiva sobre vários assuntos como modernidade, organização, união e o que seria um povo desenvolvido?

No mesmo dia voltei para Cuzco e na manhã seguinte, embarquei para Lima que falarei em outro post.

Quem tiver interesse em visitar estes destinos e quiser indicação de agências de viagens no Peru é só me escrever!