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sábado, 10 de março de 2012

NOSSO CORPO

Existem algumas palavras que ouvimos quase diariamente, mas se pararmos para processá-las, não saberíamos explicar seu significado, mesmo entendendo a mensagem, por exemplo: caloria, glúten, metabolismo...

Muito utilizada, principalmente em ambientes médicos, nutricionais e esportivos, a palavra metabolismo é assunto do post de hoje. Tenho como objetivo, esclarecer alguns mitos e desvendar algumas possíveis dúvidas referentes a esta que é em minha opinião, a maior injustiça da humanidade.

Em poucas palavras o metabolismo é a forma como nosso organismo transforma as calorias dos alimentos em energia para suprir nosso corpo, preparando-o para as atividades diárias. A diferença é que, enquanto em algumas pessoas isso ocorre de maneira rápida, em outras acontece em slow motion.

Essa diferença vem de uma característica que é determinada geneticamente e aí está o X da questão: você nasce predestinado a fazer mais ou menos esforço para manter a forma ideal. Todos nós conhecemos alguém que pode comer uma pizza no café da manhã e sair ileso, assim como, àqueles que pagam caro por uma simples maçã depois do jantar.

A partir do conhecimento de que alguns precisam se desdobrar mais que outros para acelerar o metabolismo, é chegada à hora de você olhar para si e perceber em qual quadro você se encontra. Feito isso, você pode optar em modificar seus hábitos de vida, a fim de combater uma deficiência (em alguns casos) que já existe em você desde sempre.

Sabemos que à medida que a idade avança, nosso metabolismo vai ficando naturalmente mais lento, o que dificulta o processo de queima calórica, por sua vez, provocando uma avalanche de efeitos negativos a saúde, dentre eles o aumento de gordura no sangue.

Segundo estudos, a partir dos 30 anos perdemos 1% de massa muscular ao ano. Aos 35 anos, deixamos de queimar 120 calorias por dia. Mas calma, não é que vamos dormir uma Ferrari e acordamos um Chevette a álcool, temos muitas alternativas para retardar, dá uma segurada no avanço negativo e infelizmente natural do nosso organismo.

Alimentação + Atividade Física = fórmula ideal. A junção destes dois poderosos itens já é suficiente para dar um up na qualidade de vida. Acredite: não há milagre! Refiro-me principalmente à venda indiscriminada de remédios que prometem acelerar o metabolismo e assim estimular o emagrecimento.

Não sou especialista em nutrição, mas já sabemos que a melhor forma de manter o nosso metabolismo funcionando bem é nos alimentando, várias vezes por dia. Sou adepto da nutrição funcional e aprendi com a minha nutricionista que devemos comer pequenas porções a cada 3 horas, mantendo um cardápio variado de carnes, leguminosas, etc. Sem essa de eliminar algum tipo de alimento porque vai nos fazer mal ou cometer o erro mais comum: “quero emagrecer, vou fechar a boca”. Quando ficamos muitas horas sem comer, o nosso estoque de energia vai se esgotando e o cérebro, que precisa se manter em funcionamento, recorre ao estoque que há nos músculos, pois não pode parar. Assim, quando voltamos a comer, normalmente numa quantidade exagerada por causa da fome, acumulamos mais gordura e voltamos a engordar.

Quanto à atividade física, procure aquela que você consiga sentir prazer: dançar, nadar, praticar esportes em grupo ou individual, o importante é que não a encare como obrigação, mas com satisfação. E encerro com uma dica importante, procure sempre um lugar que te ofereça segurança, com profissionais formados e certificados pelo Conselho.
Hoje li uma frase que dizia o seguinte: “Seu corpo não vem com manual de instruções, procure um profissional de Educação Física para treiná-lo”.

 Até o próximo post!


segunda-feira, 5 de março de 2012

OS NORDESTES!!!

Acabo de voltar das férias, viajei por algumas cidades do Nordeste, algumas eu já conhecia, outras estive pela primeira vez... Em cada lugar experimentei sentimentos variados, para citar alguns deles: encantamento, medo, alegria, pavor...
Iniciei em Salvador/BA, primeira capital do Brasil, pensando em "curtir" os dias antes do carnaval e o próprio com muita alegria na tão bem vendida terra da felicidade. A imagem da cidade que eu guardava na memória era de um mínimo de organização e civilidade. Pois é, Salvador mudou muito. E prá pior!
Tenho que descontar que a visita foi numa época em que a cidade é invadida por centenas (talvez milhares) de turistas a fim de desfrutar o carnaval, mas isso não justifica prédios históricos caindo aos pedaços, igrejas símbolos de um tempo ao léu, total falta de zelo pelo patrimônio, que afinal é de todos nós. Ouvi de amigos soteropolitanos que realmente a cidade está abandonada. Mas, a festa continua grandiosa, com altos lucros para poucos grandes empresários e alguns artistas, refirome à fatia que realmente lucra com os dias de carnaval.
Lugares tranquilos quase não existem mais na capital baiana. Anda-se assustado quase todo o tempo e quando enfim pensei que estava tranquilo, fui assaltado ao meio dia da quarta de cinzas na linda e não mais calma Lagoa do Abaeté. Um arrastão que me levou cartões, máquina fotográfica, etc. Mas não sei dizer o que mais me chateou, o assalto ou a ineficiência de uma polícia que nada fez e nem demonstrou disposição em fazer.
Embarquei no dia seguinte para Aracaju, cidade que já morei por dois anos (1995-1997), desde então não voltava e para mim foi uma surpresa finalmente encontrar uma cidade limpa, organizada, bem governada e cuidada pelo seu povo. Na verdade, quando por lá vivi, já havia um nível de atenção diferenciada quanto a qualidade de vida. Melhorou! Da orla ao centro, a cidade está linda.
Outra grande surpresa foi conhecer uma cidadezinha do sertão alagoano chamada Piranhas. Cidade histórica, bem cuidada, conservada, que conta a história do Cangaço, foi lá que as cabeças do bando de Lampião ficaram expostas após a emboscada em Angico/SE. Piranhas fica às margens do Rio São Francisco, divisa com Sergipe, onde fiz um agradável passeio pelos Cânions de Xingó saindo de Canindé do São Francisco/SE.
Fechei a viagem com um retorno inesperado à Garanhuns/PE. Minha cidade natal. Cheguei de surpresa e em dois dias me aconcheguei com pessoas queridas e que me amam de verdade. Meu ninho. Mas, encontrei minha cidade descuidada, sem planejamento, algo que não sei bem explicar, sei que senti no ar um clima de falso progresso. Visitei meu antigo Colégio Diocesano, em que estudei por vários anos, foi emocionante. Revi amigos e família. O mais importante, me senti amado, respeitado e valorizado.
Foram dias especiais, viajar sempre te proporciona um leque de sentimentos e é maravilhoso quando o saldo é positivo.
Porém, voltei com alguns questionamentos. Pelo que vi em Salvador, pelo que vejo aqui em São Paulo ou em outras capitais, como vai ser em 2014? Receber milhões de turistas do mundo inteiro levando tudo no improviso, com "jeitinho brasileiro"??? Ai ai ai...